Inflação no Brasil, EUA, renúncia na Vale e investimento da WEG
No último pregão tivemos uma alta, no entanto, foi por conta dos dados econômicos, parece que a inflação está dentro do que se esperava tanto nos EUA, quanto no Brasil, mas olha só: inclusive na Argentina está caindo…
No entanto, teve maior bafafá aqui por conta da renúncia de um bambambã da Vale, segura aí que a fofoca é boa.
E, por fim, temos notícia de investimento da WEG no exterior, habilitação de frigoríficos brasileiros pela China. Vamos dar uma checada.
Ibovespa
- IBOV: 127.667
- Dia 12/03/2024: +1,22%
Mas o que rolou de fato no último pregão? A bolsa subiu devido a vários fatores positivos. Em primeiro lugar, os índices de inflação ao consumidor tanto no Brasil quanto nos EUA vieram dentro do esperado, trazendo alívio aos investidores. No Brasil, embora o IPCA tenha acelerado, os serviços subjacentes mostraram alívio, e nos EUA, o CPI dentro do esperado permitiu aos investidores respirarem tranquilos. Além disso, analistas destacam a expectativa de que o Fed comece a cortar as taxas em junho, impulsionada por fatores deflacionários como o ganho médio do trabalho abaixo do esperado e o desemprego acima do previsto em fevereiro.
No campo das ações, a Petrobras se recuperou após um dia intenso, subindo 3,28%, e outros nomes como Natura, com prejuízo triplicado, e Localiza, com aumento do lucro do 4T23, também contribuíram para o otimismo do mercado. No entanto, a Vale teve uma queda de 0,62%, pressionada pelo minério de ferro atingindo uma mínima de cinco meses e por questões relacionadas ao processo sucessório. Se vocês não viram o babado, eu já falo pra vocês…
Além disso, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue buscando o déficit zero, e suas medidas estão sendo observadas com expectativa pelos analistas, mas nem vamos falar de novo disso, não.
Em resumo, o bom humor no mercado foi impulsionado por dados econômicos positivos, perspectivas favoráveis sobre as políticas monetárias nos EUA, e desempenho satisfatório de algumas empresas listadas na bolsa brasileira.
Ao mesmo tempo, tivemos os sequintes destaques do último pregão.
Destaques do pregão
A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:
- Petz (PETZ3): R$ 4,45 (+6,97%)
- Natura (NTCO3): R$ 18,48 (+6,64%)
- PRIO (PRIO3): R$ 47,50 (+5,79%)
- Grupo Soma (SOMA3): R$ 7,25 (+4,17%)
- Lojas Renner (LREN3): R$ 16,54 (+3,76%)
Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:
- CPFL Energia (CPFE3): R$ 34,00 (-1,62%)
- GPA (PCAR3): R$ 3,44 (-1,43%)
- Fleury (FLRY3): R$ 15,15 (-1,43%)
- Usiminas (USIM5): R$ 10,21 (-1,35%)
- São Martinho (SMTO3): R$ 26,99 (-1,35%)
Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:
Índice dos fundos imobiliários
- IFIX: 3.369
- Dia 11/03/2024: -0,16%
Enquanto isso, as maiores altas foram:
- VIUR11: R$7,03 (+2,27%)
- HSAF11: R$87,03 (+1,92%)
- RBRL11: R$81,59 (+1,83%)
- TVRI11: R$105,43 (+1,71%)
- RBRP11: R$58,62 (+1,43%)
Por outro lado, as maiores baixas:
- HCTR11: R$30,04 (-3,13%)
- VSLH11: R$3,61 (-1,66%)
- PATL11: R$70,66 (-1,64%)
- HGLG11: R$170,25 (-1,27%)
- HGRU11: R$136,9 (-1,11%)
Câmbio
- Dólar EUA: R$ 4,97(-0,11%)
- Euro: R$ 5,43(-0,15%)
- Libra Esterlina: R$ 6,35(-0,29%)
- Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.
Morning call de Índices Internacionais
Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:
Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:
- DOW JONES: +0,61%
- S&P 500: +1,12%
- NASDAQ: +1,54%
Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (8h20):
- Bitcoin: US$73.399(+1,88%)
- Ether: US$ 4.055(+1,20%)
Afinal, as commodities: (commodities)
- Ouro: US$2.166 /onça troy (+1,03%)
- Petróleo Brent (Futuros): US$ /barril 81,92(-0,35%)
- Minério de Ferro (Futuros): US$ 113,15/tonelada (+0,13%)
Brasil
O que rolou na Vale
Vamos ao que interessa: Ontem deu o maior bafafá por causa de uma renúncia feita pelo conselheiro que jogou a caca no ventilador. Falou que tá rolando manipulação política na escolha de CEO e deu tchau e bênção.
No entanto, a Vale respondeu à renúncia do membro do seu conselho de administração afirmando que o processo de escolha do presidente da empresa está em conformidade com o estatuto social. Entretanto a renúncia é bem clara ao mencionar manipulação no processo sucessório, influência política e falta de compromisso com a confidencialidade.
Por fim, o conselho decidiu prolongar o mandato do CEO atual até dezembro e formar uma lista tríplice para a seleção do próximo presidente. O governo federal, inicialmente, tentou indicar outro candidato para o cargo. Enquanto isso, a renúncia expressa descrença na honestidade de alguns acionistas e frustração com a situação.
Randocorp tem queda no lucro líquido
A Randoncorp (RAPT4) reportou uma queda significativa de 38,1% no lucro líquido do quarto trimestre de 2023, comparado ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 55,4 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado também registrou uma redução de 14,2%, alcançando R$ 281,1 milhões, com a margem Ebitda ajustada caindo para 11%.
A receita líquida consolidada foi de R$ 2,6 bilhões no 4T23, representando uma queda de 10,2% em relação ao 4T22. As receitas do mercado externo totalizaram US$ 81,3 milhões, diminuindo 20,8% em comparação com o ano anterior, correspondendo a 15,9% da receita líquida consolidada.
O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 13,9% no 4T23, mostrando uma redução de 4,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior. As despesas operacionais aumentaram para R$ 379,1 milhões, representando 14,8% da receita líquida consolidada.
No que diz respeito ao resultado financeiro, houve uma redução de 68,2% nas perdas financeiras em relação ao mesmo período de 2022, com um resultado financeiro líquido negativo de R$ 37,2 milhões no quarto trimestre de 2023. A dívida líquida da empresa aumentou para R$ 3,174 bilhões em dezembro de 2023, com um crescimento de 8,5% em comparação com o ano anterior, resultando em um indicador de alavancagem financeira de 2,02 vezes.
Para o ano de 2024, a Randoncorp prevê investimentos entre R$ 430 milhões e R$ 490 milhões, além de projeções de receitas no mercado externo de até US$ 480 milhões e uma receita líquida consolidada estimada entre R$ 11,5 bilhões e R$ 12,5 bilhões.
Vulcabras tem o melhor faturamento de sua história
A Vulcabras divulgou resultados históricos, alcançando o melhor faturamento de sua história, ultrapassando R$ 3 bilhões. No 4T23, o faturamento foi de R$ 919,1 milhões, o 14º trimestre consecutivo de crescimento. No ano, faturamento recorde de R$ 3,2 bilhões, com uma margem bruta de 41,7%, mesmo em um contexto macroeconômico desafiador.
A receita líquida aumentou 7,1%, alcançando R$ 791,3 milhões, enquanto a margem bruta cresceu para 42,7%. O EBITDA recorrente cresceu 22,8%, atingindo R$ 177,7 milhões, com uma margem de 22,5%. O lucro líquido recorrente foi de R$ 144,7 milhões, aumento de 18,5%.
O crescimento foi impulsionado pela divisão de calçados, que cresceu 7,8% no quarto trimestre, com destaque para a marca Olympikus e sua linha de produtos de alta performance, respondendo por 15% da receita da marca. A Mizuno dobrou seu tamanho desde a aquisição, consolidando-se na categoria de alta performance em corridas. A Under Armour também continuou crescendo, concentrando-se em treino e basquete.
O e-commerce registrou receita líquida de R$ 94,9 milhões, representando um aumento de 101,1% em relação ao ano anterior. No ano, a receita líquida atingiu R$ 279,8 milhões, com uma participação de 9,9% na receita total da empresa.
Para o CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, esse desempenho histórico é resultado da especialização no segmento esportivo e dos investimentos realizados nos últimos anos. Ele destaca a estratégia de crescimento contínuo, explorando novas categorias e canais de distribuição, além do compromisso com a inovação e tecnologia.
Em 2023, a Vulcabras distribuiu dividendos consistentemente e para 2024 anuncia mais um pagamento significativo. Além disso, manterá o nível alcançado e explorará novas oportunidades de crescimento, mantendo o foco no segmento esportivo, ampliando o portfólio de marcas e investindo em tecnologia e inovação.
B3 dá uma melhorada
Parece que a B3 (B3SA3) está dando sinais de melhora! Em fevereiro, o volume financeiro médio diário de negociações subiu mais de 15% em relação a janeiro, alcançando R$ 26 bilhões por dia. Isso é um aumento considerável!
O mercado à vista de ações foi o grande impulsionador dessa recuperação, registrando uma alta mensal de mais de 16%. As opções também tiveram um aumento (cerca de 8,4%), enquanto o mercado a termo e futuro de ações teve uma pequena queda de 7,8%.
Mas olhando para fevereiro de 2023, ainda há uma queda de 1,7% no volume financeiro médio diário de negociações da B3. E o número de CPFs cadastrados também mostra uma movimentação interessante: aumentou 0,7% em relação ao mês anterior, mas ainda está 3,4% abaixo do que era em fevereiro do ano passado.
O que isso significa? Bem, parece que tem mais gente investindo na bolsa, o que é positivo, mas ainda não voltamos ao ritmo de antes. Temos que ficar de olho para ver como a B3 vai se sair nos próximos meses!
Brasil
Inflação em fevereiro
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro registrou uma alta de 0,83%, marcando o maior patamar em um ano, mas especialistas consideram essa trajetória como positiva para a inflação do país. A alta foi impulsionada principalmente pelo grupo Educação, devido aos reajustes no início do ano letivo. Outros setores, como Comunicação, Alimentação e Bebidas, e Transportes também registraram aumentos, em grande parte devido a fatores temporais, como reajustes sazonais e mudanças na produção. No entanto, houve quedas em grupos como Vestuário, Artigos de Residência e passagens aéreas, contribuindo positivamente para a inflação geral.
Apesar do aumento mensal, os especialistas destacam que a inflação de serviços apresenta uma trajetória positiva, com desaceleração em itens como aluguéis, condomínios e restaurantes. A expectativa é de que a inflação continue sob controle, com sinais de desaceleração já observados em março. Apesar das surpresas positivas, não se espera uma mudança significativa na perspectiva sobre os juros, com o Banco Central ainda cauteloso em sua condução da política monetária.
Apesar do patamar elevado do IPCA, há uma tendência de redução nos próximos períodos, com expectativas otimistas para uma inflação em torno de 3,5% até o final de 2024, impulsionada por diversos fatores, como um menor crescimento na China e melhores perspectivas para a safra global.
China habilita frigoríficos brasileiros para exportação
A China liberou 38 frigoríficos brasileiros para exportar carne, impulsionando as ações das empresas do setor na Bolsa. O Itaú BBA analisa que, apesar dos benefícios em vendas, há preocupações com margens de lucro devido à pressão nos preços da carne na China.
Enquanto isso, a JBS é a maior beneficiada, com 12 plantas habilitadas, seguida por Marfrig e Minerva. No entanto, a contribuição dessas operações para os resultados consolidados das empresas é limitada.
Por outro lado, a Minerva informou que duas plantas foram habilitadas, elevando sua exposição ao mercado chinês.
No entanto, apesar do otimismo inicial, os analistas alertam para a possibilidade de pressão nas margens devido à situação econômica chinesa.
Por fim, as ações da JBS, Minerva e Marfrig tiveram ganhos após o anúncio.
Exterior
Inflação nos EUA
O índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos registrou um aumento de 0,4% em fevereiro, em comparação com o mês anterior, conforme dados divulgados pelo Departamento do Trabalho americano. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a inflação atingiu 3,2%, um aumento em relação aos 3,1% registrados no mês anterior.
Esse resultado estava alinhado com as expectativas, já que analistas projetavam uma variação de 0,4% no índice mensal e uma inflação de 3,1% em termos anuais.
O núcleo da inflação, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, também teve um aumento mensal de 0,4% em fevereiro, enquanto o crescimento anual nessa medida foi de 3,8%, uma leve queda em relação aos 3,9% registrados no mês anterior.
Os preços de habitação e os preços da gasolina foram os principais impulsionadores da inflação, contribuindo com mais de 60% do aumento mensal do CPI. Enquanto o índice de energia subiu 2,3% no mês, o índice de alimentos permaneceu inalterado, assim como os preços dos alimentos em domicílio. Os preços dos alimentos fora de casa aumentaram ligeiramente, em 0,1%.
Inflação na Argentina
A inflação na Argentina caiu para 13,2% em fevereiro, uma redução significativa em relação aos 20,6% registrados em janeiro. No entanto, o índice acumulado nos últimos 12 meses continua alto, atingindo 276,2%, o maior em mais de três décadas.
Os setores que mais contribuíram para a alta dos preços foram comunicações (24,7%), transporte (21,6%) e moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (20,2%).
Assim, o Ministério da Economia destacou que houve uma forte desaceleração na inflação, atribuída à correção de preços relativos, como taxa de câmbio e combustíveis.
Economia do Reino Unido cresceu, mas não muito
No Reino Unido, a economia teve um crescimento modesto de 0,2% em janeiro, após uma recessão superficial no segundo semestre de 2023. Isso traz um alívio para o primeiro-ministro Rishi Sunak antes das eleições deste ano. O crescimento foi impulsionado pela recuperação no varejo e na construção de casas. No entanto, ainda é cedo para afirmar que a economia saiu da recessão, pois houve contrações nos trimestres anteriores. A economia britânica tem enfrentado desafios, como aumento no custo das importações de energia devido à situação na Ucrânia e altas taxas de juros. A pressão sobre os gastos das famílias está diminuindo com a inflação em declínio, e o banco central está considerando reduzir as taxas de juros.
Fonte: Investidor Sardinha